Clima Autentizótico, de Kets de Vries

A teoria de De Vries sobre Clima Organizacional Autentizótico tem vindo a assumir uma importância capital nas pesquisas de outros investigadores. Os docentes e investigadores Arménio Rego e Miguel Pina e Cunha, Universidades de Aveiro e Nova de Lisboa, respectivamente, já testaram e validaram o instrumento de De Vries em Portugal em muitas das suas investigações na área da Gestão.

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Kets de Vries é autor de variados livros de clima organizacional e de liderança, não se cansando de atribuir aos líderes grande responsabilidade no clima vivido nas empresas. Daí que as suas áreas específicas estão ligadas à liderança e à mudança organizacional. Na obra dos anos 90, The Neurotic Organization, De Vries demonstra já a sua preocupação com a disfuncionalidade das organizações, determinando a sua origem no «comportamento neurótico», minando as relações interpessoais nas empresas e consequentemente do clima organizacional. A obra enfatiza as variantes comportamentais dos intervenientes, colaboradores e chefias, classificando-as detalhadamente. De Vries sublinha a inquestionável influência das chefias sobre os ambientes, sobre os comportamentos dos colaboradores, sobre a produtividade, autênticos contributos para a insalubridade nas organizações.

Tese de JORGE DIAS

PRODUTIVIDADE, STRESS, CLIMA ORGANIZACIONAL
(Orientador: Prof. Doutor Luís Martins)

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Objectivo do estudo: Relacionar a percepção de produtividade com o Stress e o Clima Organizacional (segundo o contruto de Kets de Vries)
Metodologia: Método experimental, através da aplicação de dois questionários. Um referente ao modelo de Kets de Vries, outro ao de Sandy Staples, baseado em Albert Bandura.

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PRINCIPAIS TEORIAS:
Organizações Autentizóticas: Modelo concebido pelo investigador Kets de Vries, que conjugou dois termos do grego: Authentizotic e Zoteekos. O primeiro diz respeito à organização autêntica, merecedora de confiança. A segunda significa essencial para as pessoas, fornecendo significado para as suas vidas. O construto de De Vries tem 7 dimensões: Propósito, Autodeterminação, Impacto, Competência, Pertença, Prazer e Significado. À teoria de Kets de Vries está subjacente as Melhores Empresas para Trabalhar, de onde são identificadas qualidades autentizóticas: Confiança na gestão; Camaradagem; Orgulho na organização; Valores; Franqueza, Empowerment, Respeito, Justiça; Inovação, Orientação para o cliente; Responsabilidade, Aprendizagem contínua e Abertura à mudança.

Há ainda a referir 3 desígnios para a empresa autentizótica: Realização profissional, realização familiar, desempenho organizacional. As organizações autentizóticas são, assim, uma resposta à insalubridade organizacional.
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Produtividade: Sandy Staples desenvolveu, a partir de Albert Bandura, a sua Self-Efficacy Theory, cujo construto constitui um poderoso instrumento para aferir a percepção da produtividade, o efeito do stresse sobre a mesma.
Esta teoria foi desenvolvida tendo em conta que a autopercepção da performance das pessoas influencia o seu desempenho, e é também fortemente influenciada pelo clima organizacional, pelos níveis de stress e pela qualidade percepcionada da liderança.
Segundo Staples, a percepção de produtividade é um autojulgamento sobre a auto-eficácia e influencia a relação com a chefia, bem como conduz à propensão de maior adaptação à mudança.