domingo, 4 de janeiro de 2009

Enquadramento geral

Este trabalho tem por objectivo medir o clima organizacional dos Estabelecimentos Prisionais, comparando dois grupos de EPs: 5 Controlo (Alcoentre, Tires, Viseu, Izeda e Covilhã) e 4 Piloto (Leiria, Castelo Branco, Sintra e Beja).
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Estes Estabelecimentos foram objecto de estudo desde 2005, enquadrando-se no projecto PGISP, Gerir para Inovar os Serviços Prisionais (
www.pgisp.info). Teve financiamento governamental e comunitário e o apoio de vários parceiros: Centro de Formação Penitenciária (a entidade coordenadora do projecto), Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Serviços Centrais, Global Change, o INDEG e a agência BDO.
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Em traços largos, este projecto teve como objectivo melhorar o funcionamento no Sistema Prisional, no clima organizacional, liderança, índice de motivação, actuando também ao nível dos reclusos, quanto a condições nos EPs e a planos de reinserção.
As medições começaram a ser efectuadas entre Janeiro e Junho de 2005. A implementação de melhoramentos foi começada em Setembro de 2005 e, de acordo com o que estava estipulado, foi finalizada em Março de 2008, período da última medição. As iniciativas operaram-se em quatro áreas: PESSOAS, INOVAÇÃO, RESULTADOS e PROCESSOS. O passo seguinte seria a difusão do projecto por todo o sistema prisional em Portugal, o que está a acontecer.

SER PILOTO OU CONTROLO – Nos EPs Piloto, o PGISP aplicou questionários às diferentes categorias profissionais (Chefe do Corpo da Guarda, Guardas, Téc. Superiores, Téc. Administrativos, Director do EP), diagnosticou-os e, tendo em conta os resultados, aplicou medidas de melhoramento nos EP Piloto. Este procedimento foi sendo repetido no tempo, sensivelmente de seis em seis meses, no sentido de aferir sobre se as medidas aplicadas iam produzindo os resultados esperados. Nos EPs Controlo, a aplicação de questionários era feita ao mesmo tempo dos Piloto, não se procedendo a qualquer melhoria. Em suma, os Controlo eram bitola dos Piloto.

Quanto aos presentes trabalhos de mestrado, ambos têm um enquadramento semelhante ao do PGISP, não estando porém inseridos no projecto. A aplicação de questionários aconteceu na última medição que o PGISP fez, a terceira, Março de 2008, prolongando-se até Abril, após um percalço burocrático que levou a um interregno de cerca de um ano nas referidas medições. Neste momento, com o enquadramento teórico finalizado, é hora de proceder ao diagnóstico dos resultados.