quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A percepção de Auto-Eficácia

Albert Bandura, investigador da Universidade de Stanford, desenvolveu a teoria da Auto-Eficácia, que pode ser definida genericamente como a «crença das pessoas sobre as suas capacidades para produzir determinados níveis de “performance”»
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E o video abaixo ilustra bem esta frase
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Além do clima organizacional de De Vries, efectuei também um questionário referente a níveis de Auto-Eficácia, que pretendo cruzar com o clima. A crença sobre eficácia «determina como as pessoas sentem, pensam, se motivam e comportam». Essas crenças produzem efeitos em quatro processos: 1 - Cognitivos; 2 – Motivacionais; 3 – Afectivos; 4 – Processos de Selecção
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As pessoas com forte crença nas suas capacidades encaram as dificuldades como um desafio, em vez de as percepcionar como ameaças. Quanto maior é o sentimento de auto-eficácia, maior é o interesse em empenhar-se em actividades e abraçar novos desafios, insistindo, mesmo perante um «fracasso» episódico. E mesmo que tal aconteça, a motivação é recuperada mais rapidamente.
O forte sentido de auto-eficácia promove uma atitude de controlo face às dificuldades, sendo produtora de maior empenhamento, reduzindo os índices de stresse e depressão.




Por outro lado, os colaboradores que duvidam das suas capacidades evitam qualquer tarefa mais desafiante, percepcionada como ameaça. Têm poucas aspirações e fraco commitment.
Face a tarefas identificadas como complexas, focalizam-se nos obstáculos e limitações. Essa percepção leva a que desistam mais rapidamente e sejam mais lentas a recuperar, pois consideram que «não têm capacidade para ultrapassar aquele estádio», caindo facilmente na vitimização e em episódios de stresse e depressão.
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Segundo Bandura, há quatro fontes de auto-eficácia: 1 – Ter experiências; 2 – Presenciar o sucesso dos outros; 3 – Ser encorajado; 4 – Redução das reacções de stresse indicadoras de vulnerabilidades
As iniciativas inovadoras requerem «um sentido de eficácia resiliente. As Inovações requerem um grande investimento e esforço durante longos períodos de tempo cujos resultados são incertos. Mais, as inovações que surgem no seio de preferências e práticas existentes mexem com reacções sociais negativas».
Muitos dos desafios da vida são problemas de grupo que requerem esforços colectivos para produzirem mudanças significativas. «A força dos grupos, das organizações, e até das nações reside em parte do sentido colectivo das pessoas na eficácia que elas, perante problemas, pode resolver com o devido esforço e resiliência.»