sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Mergulhar nas profundezas da liderança

Há frequentemente discrepâncias entre o que os líderes dizem e o que fazem, derivado à sua inabilidade para reconhecer o seu subconsciente, estado de espírito, o «eu». A obra de Kets De Vries, «The Leader on the Couch» arrisca-se a ser a bíblia da liderança pela sua abordagem única de diferente
>>
«Os líderes têm de ser capazes de desenhar sistemas e estruturas eficazes, mas essas habilidade não são porém garantia de sucesso. A alta performance requer que os líderes também estejam habilitados a criar uma cultura organizacional onde as pessoas estejam empenhadas na excelência. Para que isso aconteça, ele têm de compreender os processos de relacionamento grupal, os sistemas de defesa adoptados, o ideal da organização e os tipos de neurose organizacional (…) Os líderes têm a responsabilidade de evitar patologias comportamentais de grupo, sistemas defensivos inapropriados e culturas organizacionais tóxicas»
>>
Para tal, os líderes responsáveis devem auscultar-se, analisar-se, confrontar-se com o seu «eu», de forma a não reproduzirem o passado. «Para mudar respostas e comportamentos do seu mundo exterior, eles precisam primeiro de mudar o que acontece no seu mundo interior.»
>>
Mergulhar no mais profundo da liderança pode começar pelo próprio líder, implicando que crie uma consciência dos seus motivos, sentimentos e desejos, reconhecendo as suas forças e fraquezas. Infelizmente, líderes com tais qualidades são raros, nos negócios como na política. Demasiados há sem foco, sem capacidade para construir uma equipa, sem habilitações para o coaching, que não sabem escutar nem como inspirar, pondo sempre os seus interesses em primeiro. Demasiados líderes lideram para o curto prazo. Demasiados líderes dizem uma coisa e fazem outra.
>>
O desafio do século XXI para a liderança é desenvolver líderes autênticos, que criem climas autentizóticos. Leva tempo, mas é tempo bem gasto.