sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Enquadramento geral

Este trabalho tem por objectivo medir o clima organizacional dos Estabelecimentos Prisionais, comparando dois grupos de EPs: 5 de Controlo (Alcoentre, Tires, Viseu, Izeda e Covilhã) e 4 Piloto (Leiria, Castelo Branco, Sintra e Beja).
Estes EPs estão a ser objecto de estudo desde 2005, e enquadram-se no projecto PGISP, Gerir para Inovar os Serviços Prisionais. Contou com financiamento governamental e comunitário e o apoio de vários parceiros: Centro de Formação Penitenciária (a entidade coordenadora do projecto) Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Serviços Centrais, Global Change, o INDEG e a agência BDO.
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Em traços largos, o PGISP teve como objectivo melhorar o funcionamento no Sistema Prisional, nas áreas de clima organizacional, da liderança, da motivação, actuando também ao nível dos reclusos, quanto a condições nos EPs e a planos de reinserção.
As medições começaram a ser feitas entre Janeiro e Junho de 2005. A implementação de melhoramentos foi começada em Setembro de 2005 e, de acordo com o que estava estipulado, foi finalizada em Março de 2008, momento da última medição. As iniciativas operam-se em quatro áreas: PESSOAS, INOVAÇÃO, RESULTADOS e PROCESSOS. O passo seguinte tinha por objectivo a difusão do projecto por todo o sistema prisional em Portugal, o que já está a acontecer.
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EP PILOTO e EP CONTROLO – Nos Estabelecimentos Prisionais Piloto, o PGISP aplicou questionários às diferentes categorias profissionais (Chefe do Corpo da Guarda, Téc. Superiores, Téc. Administrativos e Director do EP), diagnosticou-os e, tendo em conta os resultados, aplicou medidas de melhoramento unicamente nos EP Piloto. Este procedimento foi sendo repetido no tempo, sensivelmente de seis em seis meses, no sentido de aferir sobre se as medidas aplicadas iam produzindo os resultados esperados. Nos EP Controlo, o procedimento era o mesmo, porém sem a implementação de qualquer mudança organizacional. Digamos que os EP Controlo forma a «bitola» dos EP Piloto.
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Quanto ao presente trabalho de mestrado, tem um enquadramento semelhante ao do PGISP, não estando porém inserido no projecto. A aplicação de questionários aconteceu na última medição que o PGISP fez, a terceira, Março de 2008, prolongando-se até Abril, e após um percalço burocrático que levou a um interregno de cerca de um ano nas referidas medições.